
O velho tinha dito às crianças que a história ainda não terminara porque desejava que aquelas duas queridas crianças continuassem ingénuas (como durante tantos anos ele próprio foi), que continuassem a acreditar em finais felizes (porque se assim não for, de que vale viver?). Mas a verdade é que esta história tinha terminado antes de começar. No entanto o velho começou pela última e mais bela vez:
Joseph deitou-se na sua grandíssima cama, onde todas as noites dava voltas e voltas (na desesperada tentativa de encontrar a melhor posição para dormir). Tantas voltas deu que se cansou e adormeceu.
Quando acordou, o sol infiltrava-se por um pequeno buraco na janela, ouviam-se os pássaros a cantar e até conseguia ouvir pequenos gafanhotos que faziam enorme barulheira. Joseph tinha uma grande história (pois não é só o avô destas crianças que tem histórias) de acontecimentos que estavam relacionados com um número: o 14. Por coincidência ou destino (para os que acreditam), este dia que parecia tão perfeito (até perfeito demais) era dia 14. O dia passou tão depressa que à noite, Joseph já não se lembrava do que tinha acontecido nesse mesmo dia.
Joseph não se lembrava o porquê mas tinha um jantar agendado para esse dia com todos os seus amigos, obviamente incluindo Maria.
As duas crianças depressa perguntaram se Maria e Joseph estavam chateados? O avô riu-se, com a cabeça fez um sinal negativo e continuou:
Durante o jantar, quanto mais Joseph tentava-se abstrair de Maria, mais pensava nela, mais queria continuar a lutar por ela. Mas tinha uma pequena coisa (que todos nós temos, ou pelo menos devíamos) chamada consciência que berrava-lhe para parar de imaginar coisas, Maria não sentia o mesmo por ele, que ele sentia por ela. Foi com esta barulheira na cabeça que Joseph (e todos os presentes) decidiram ir passear pela cidade.
Joseph durante essa noite não largara Isabel, que tentava ajudar a sua consciência dizendo que ele não devia continuar a pensar nisso (a verdade é que ela não sabia o que estava a pensar, mas sabia que era aquilo que devia dizer). Quando uma nuvem, que tinha estado no céu a noite toda, decidiu desaparecer a lua e as estrelas puderam vir observar esta história e ajudar a pôr-lhe um fim. E foi nesse momento, quando as estrelas mais brilhavam e a lua sorria, que Maria aproximou-se de Joseph e pediu se podia falar com ele. Obviamente que Joseph respondeu que sim e seguiu-a. Quando se afastaram das outras pessoas (o suficiente para que mais ninguém ouvisse ou intrometesse), Maria levantou os seus escuros olhos para olhar nos calmos e apaixonados de Joseph, e com muita simplicidade que a caracteriza disse: “-Joseph…” Ele interrompeu-a (pois não haviam palavras que transmitissem tão bem a mensagem como aquele olhar), baixou-se devagar, aproximou a sua boca ao ouvido de Maria e sussurrou algo que só eles os dois sabem, depois ela agarrou-lhe na mão com toda a força que tinha e abraçou-o, e para concluir a história que até a lua acompanhou, beijaram-se.
Foi então que Joseph se apercebeu que não era Maria que ele tinha nos braços, mas a sua pequena e fofa almofada. E foi assim que esta história acabou.
As doces crianças que tão contentes estavam, logo perderam o sorriso, ao que o velho explicou: “-Pode ter sido só um sonho parvo, mas se acreditam no destino, acreditarão que o sonho se possa realizar, se é que já não se realizou.” E foi assim que as duas crianças continuaram a ser ingénuas, pois acreditaram que sonho tão descabido aconteceu e mais uma vez tinham ouvido uma história com um final feliz.
FIM
Joseph deitou-se na sua grandíssima cama, onde todas as noites dava voltas e voltas (na desesperada tentativa de encontrar a melhor posição para dormir). Tantas voltas deu que se cansou e adormeceu.
Quando acordou, o sol infiltrava-se por um pequeno buraco na janela, ouviam-se os pássaros a cantar e até conseguia ouvir pequenos gafanhotos que faziam enorme barulheira. Joseph tinha uma grande história (pois não é só o avô destas crianças que tem histórias) de acontecimentos que estavam relacionados com um número: o 14. Por coincidência ou destino (para os que acreditam), este dia que parecia tão perfeito (até perfeito demais) era dia 14. O dia passou tão depressa que à noite, Joseph já não se lembrava do que tinha acontecido nesse mesmo dia.
Joseph não se lembrava o porquê mas tinha um jantar agendado para esse dia com todos os seus amigos, obviamente incluindo Maria.
As duas crianças depressa perguntaram se Maria e Joseph estavam chateados? O avô riu-se, com a cabeça fez um sinal negativo e continuou:
Durante o jantar, quanto mais Joseph tentava-se abstrair de Maria, mais pensava nela, mais queria continuar a lutar por ela. Mas tinha uma pequena coisa (que todos nós temos, ou pelo menos devíamos) chamada consciência que berrava-lhe para parar de imaginar coisas, Maria não sentia o mesmo por ele, que ele sentia por ela. Foi com esta barulheira na cabeça que Joseph (e todos os presentes) decidiram ir passear pela cidade.
Joseph durante essa noite não largara Isabel, que tentava ajudar a sua consciência dizendo que ele não devia continuar a pensar nisso (a verdade é que ela não sabia o que estava a pensar, mas sabia que era aquilo que devia dizer). Quando uma nuvem, que tinha estado no céu a noite toda, decidiu desaparecer a lua e as estrelas puderam vir observar esta história e ajudar a pôr-lhe um fim. E foi nesse momento, quando as estrelas mais brilhavam e a lua sorria, que Maria aproximou-se de Joseph e pediu se podia falar com ele. Obviamente que Joseph respondeu que sim e seguiu-a. Quando se afastaram das outras pessoas (o suficiente para que mais ninguém ouvisse ou intrometesse), Maria levantou os seus escuros olhos para olhar nos calmos e apaixonados de Joseph, e com muita simplicidade que a caracteriza disse: “-Joseph…” Ele interrompeu-a (pois não haviam palavras que transmitissem tão bem a mensagem como aquele olhar), baixou-se devagar, aproximou a sua boca ao ouvido de Maria e sussurrou algo que só eles os dois sabem, depois ela agarrou-lhe na mão com toda a força que tinha e abraçou-o, e para concluir a história que até a lua acompanhou, beijaram-se.
Foi então que Joseph se apercebeu que não era Maria que ele tinha nos braços, mas a sua pequena e fofa almofada. E foi assim que esta história acabou.
As doces crianças que tão contentes estavam, logo perderam o sorriso, ao que o velho explicou: “-Pode ter sido só um sonho parvo, mas se acreditam no destino, acreditarão que o sonho se possa realizar, se é que já não se realizou.” E foi assim que as duas crianças continuaram a ser ingénuas, pois acreditaram que sonho tão descabido aconteceu e mais uma vez tinham ouvido uma história com um final feliz.
FIM

1 comentário:
que sonho tão emocionante, parecia meesmo real e estava a acreditar , parecia um daqueles filmes, sabes?! mas depois era um sonho e chegou ao fim , este belo conto :) parabens Valer, esteve EXCELENTE do inicio ao fim ;)
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