27 de agosto de 2008

Metro


Estou dentro de um metro, como tantas outras pessoas! Cada uma delas perdida nos seus próprios pensamentos. Uns pessam na namorada, como ela é linda; outros lembram-se que uma pessoa importante faz anos, há também quem procure desperadamente por uma piada para contar aos amigo. E eu, que penso?
Como costume, estou totalmente noutro mundo, um mundo que é só meu, o mundo onde sou rei, onde sou personagem principal, o mundo dos meus pensamentos.
O meu corpo está encostado a uma parede, a minha alma está onde não deve estar, fora do meu corpo, voando, para lá de tudo e todos. Mas arreparo que o metro parou, pergunto-me se está na hora de sair, mas as portas estão fechadas. Para lá das portas vejo um rapaz, pelo seu aspecto digo que terá a mesma idade que eu, tenho tempo para avaliá-lo todo, é alto, tem bom aspecto, nos olhos dele (castanhos-claro) vejo uma alma prodente, perdida nos pensamentos, sonhadora, mas acima de tudo vejo que deseja algo, não consigo saber o quê. Ele olha-me também nos olhos, quer saber o que eu penso, mas são poucos os que conseguem. Eu também não consigo ver o que ele pensas, tenho uma vaga idaeia, mas é tudo muito desturcido.
Na face dele, percebo que está só, está incompleto, precisa de algo, mas o quê?? Não consigo descobrir, essa dúvida rói-me por dentro. Pela forma como está encostado consigo deduzir que está calmo.
Não o consigo perceber, está só, deseja algo, mas mesmo assim não está preocupado. Antes de sair do metro, percebo porque é que está calmo, ela sabe que o que deseja vem ter com ele, e sabe que quando o desejo se realizar deixará de estar só.
As portas do metro abrem e ele desaparece, porque ele não estava lá, apnas estava eu e o meu reflexo!


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