
Acordei! Está tudo escuro, ainda não tinha aberto os olhos. Quando os abri o mundo preencheu-se de cores e vida. Precisei de uns minutos para regressar da terra dos sonhos. Vi as horas, eram 7 da manhã. Levantei-me e fui á janela, estava um dia igual a todos os outros que já tinha vivido, mas para mim havia algo diferente.

Como todas as manhãs fui lavar a cara, a água estava fria como a morte. Olhei-me ao espelho e lá estava eu, com cara de sono, muito sozinho como se faltasse algo. Sai da casa de banho, a casa estava mais silenciosa que nunca. Decidi vestir-me e ir á rua. O céu estava cinzento, o ar era pouco e a relva estava branca. As minhas pernas tremiam de frio, as minhas mãos econdiam-se no fundo dos bolsos e a minha cabeça quase rebentava.
Fui dar uma volta, não havia ninguém na rua. Primeiro pensei que fosse devido ás horas, mas quando olhei para o relógio eram na mesma 7 horas. Não percebi o que tinha acontecido, pensei k fosse o meu relogio sem pilhas, mas não era isso, algo se passava.
Continuei a caminhar pela rua, até que me senti atraido para o hospital, achei estranho mas decidi ir ver se estava lá alguem. Como no resto da cidade, estava completamento vazio, nem uma pessoa, nem um passiente, nada.
Senti que devia ir ao ultimo piso. Quando ia a subir as escadas ouvi uma voz que me chamou, era a voz de um rapaz, ele chamava-me com tanta força que quando dei por mim estava ao lado dele. Ele estava numa cama, como os olhos fechados como se estivesse morto, ao lado dele estava uma mulher que chorava nos lençóis da cama. Fora da sala encontravam-se uma médica que fazia de tudo para não chorar e um homem. Não sei como, mas conseguia ouvir a conversa deles. Ouvi-os comentar que ele já estava em coma a demasiado tempo, estava na altura de o deixar partir.
Fechei os olhos por dois segundos e quando os abri tudo ficou mais claro. Aquele rapaz era eu, a mulher que estava ao lado era a minha mãe, a médica lá fora era a minha irmã e o homem era o meu pai. Percebi que ia morrer em breve, iam desligar-me. Por isso é que chamava por mim, tentava acordar-me. Fechei outra vez os olhos, desta vez com mais força, uma lagrima escorreu-me pelo rosto, e quando caiu, abri os olhos e voltei. Voltei a mim.

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