9 de agosto de 2009

Amor Flamejante (9º episódio)



No dia seguinte as crianças estavam tão cansadas que só acordaram à hora de ir almoçar. Mas tinham passado a noite a imaginar o que aconteceria agora a Joseph, e assim o avô decidiu contar mais um bocadinho depois do almoço. E assim começou:
Depois de regressar de tão longa viagem Joseph decidiu ver os seus queridos amigos, de quem já sentia tanta falta. Os únicos que sabiam do seu amor por Maria, eram os seus amigos mais leais: a pequena Isabel (que sabia sempre tudo sobre ele), os seus cavaleiros (que descobriram sozinhos), e a doce Inês (que o ajudava imenso). A primeira pessoa que encontrou foi a Isabel, que logo perguntou-lhe porque estava tão feliz, ao que Joseph respondeu com um inocente sorriso. Durante esse dia, a sua boca ia falando com os seus amigos, enquanto os olhos procuravam loucamente alguém. Até que ao fim do dia, quando já estava de regresso ao castelo, finalmente a encontrou. Estava perto de uma porta, ainda sem saber se entrava ou não, como se aquela porta fosse dar ao coração de Joseph, Maria também temia que a porta tivesse trancada. O céu por cima da cabeça dela era escuro, como os seus olhos, e estrelado. De fundo ouviam-se alguns grilos que tocavam uma música que ia servindo para embalar aquela despedida. Maria sorriu e com um doce beijo despediu-se dele, que já desesperava por a ver. E assim Joseph chegou ao castelo, desejou boa noite a Catarina (sua irmã) e dormiu com Maria na cabeça. Esperando que um dia aquele sonho se tornasse realidade, ou se tornassem na sua perdição.
Os dias foram passando, e o famoso anual baile do reino ia-se a aproximando. Joseph sabia com quem queria ir, só temia levar um não, algo que raramente levava. Mas ela era tão diferente de tudo o que conhecia que tudo podia acontecer. Ele sempre tinha esperado que ela gostasse dele, mal o coitado sabia que a sua vida não é uma história de contos de fadas, mas uma baseada na realidade seca, triste e sem cor.
Mas um dia enquanto passeava pelo reino, viu-a e parou, durante dois segundos o tempo parou, depois respirou fundo e caminhou na direcção dela. Maria ia observando-o a aproximar sem saber se ele quereria algo. Depois ele sorriu, e ela percebeu que ele vinha falar com ela, e assim a convidou para ser o seu par no baile. Se isto fosse a tal história encantada, a resposta seria um sim apaixonado, mas não é. A resposta foi um talvez com pitadas de não. Naquele momento parecia que tudo á sua volta estava a desmoronar. Sentia um vazio dentro de si que não sabia explicar, mas que uns dias a seguir seria preenchido…




1 comentário:

Marta disse...

A historia ja esta mais composta, mas deixas-te de escrever durante muito tempo, ainda nao esta bem actualizada, mas estas a inserir boas personagens, tou a gostaar ;D