14 de abril de 2010

Apenas Sonhos






Voltei a acordar com o coração aos pulos. Voltei a ter aquele sonho: Caminhava por uma estrada que reconhecia não sei de onde. Haviam árvores dos dois lados da estrada, estas dançavam com o vento. Este vento soprava-me aos ouvidos uma leve melodia que me ia encantando. Chego a uma ponte de pedra, provavelmente do tempo dos romanos, oiço o rio que passava ali… depressa como todo aquele sonho. Quando começo a caminhar por cima da ponte surge um vulto na outra ponte… Aproximo-me devagar e com prudência. Até que as nuvens se desviam propositadamente só para deixar que um raio de sol iluminasse o tal vulto. Tento voltar a olhar… mas o que era demasiado escuro para perceber quem era, agora é demasiado claro e não consigo olhar directamente. Apenas vejo um reflexo de uns olhos azuis esverdeados.

Na primeira vez que tive este sonho pensei que não passava disso, de um belo sonho. Mas foi se repetindo, já conto três vezes. De dia achava que sabia o que queria, mas na verdade nunca fiz ideia… Até agora. Nunca vi de quem eram aqueles olhos, mas sei de quem queria que fossem. “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”, o destino quer, eu já sonhei, tu serás a minha obra, serás a minha musa.

Voltei a sonhar. Já sei quem és, já te conheço, já entrei naqueles olhar que reflectia o raio de sol. Mas também já lá me perdi… enquanto falas comigo eu perco-me, deixo-me ser absorvido por eles, deixo-me ser enfeitiçado e…. Gosto. Este último sonho foi diferente: já era noite, a lua já ia bem alto e eu entrava num castelo da idade média. Sabia que caminho havia de tomar, queria ir até ao quarto mais alto, da torre mais alta… Pois é nesse sítio que se encontram todas a princesas. Sabia que seria aí que te encontraria. Empurrei a grande e pesada porta que dava para a torre. Subi as escadas, que eram muitas e velhas. Cada degrau era do tamanho de dois normais. Antes de chegar ao topo olhei por uma janela e percebi porque estavas naquele quarto, daquele sítio a metáfora passava a realidade: Tens o mundo a teus pés. Vi a porta que dava para o quarto. Era velha e muito pesada como se simbolizasse o medo que tenho de me deixar levar pelos teus olhos, por ti. Mesmo assim empurrei-a e entrei. Estavas deitada a dormir, com o cabelo loiro e perfeito como nos filmes. Tinhas um vestido rosa lindíssimo. As tuas mãos caídas sobre a cama. Dormias como se nada te metesse medo, nem mesmo a escuridão que apenas se encontrava fora do teu quarto. Ajoelhei-me como cavaleiro, ou um servo, ou mesmo um príncipe encantado. Comecei por agarrar-te a mão e beijando-a com um doce beijo. E depois beijei-te na testa como se tu sentisses… Voltei a olhar para ti, abris-te os olhos e disseste: ….

Então acordei. Tentei voltar a adormecer mas já não conseguia sonhar o que ias dizer… por isso este texto fica assim: Incompleto e sabes porque? Para completares como desejo que me completes.

1 comentário:

MaRta disse...

a frase "tens o mundo a teus pés" fez-me lembrar uma criação da joana vasconcelos que e vi no ccb. Se quiseres dp mostro-te a foto...se bem k na foto nao é a mesma coisa...