9 de setembro de 2008

Festa


À uns dias fui a uma festa na minha terra, daquelas festas de terrinha, onde uns rezam á santa na igreja, outros tentam conhecer aquela muida linda que não nos para de mirar perto do baile, outros bebem e bebem no bar, e até há aqueles que apenas riem-se destas divergencias e não se colocam em nenhuma, este é o meu caso.
Durante aqueles três ou quatro dias, aconteceram coisas que me marcaram. Vi amigos da minha infancia, não os via desde á muito tempo, estão mais altos, mais velhos. Lembro-me de todas as brincadeiras que tivemos, eramos mais felizes, mais completos, mais ingénuos. Vejo que todos evoluiram, não fui só eu, todos me olham como se fosse um desconhecido, já não me conhecem, apenas sabem o meu nome. É triste que as pessoas com quem passei a minha infancia, já não me conheçam. O que me faz sorrir são aqueles que, mesmo sem me verem durante tanto tempo, continuam a conhecer-me, continuam a saber quem sou, não apenas o nome, mas a maneira como vivo, como sinto. São esses que me fazem sorrir, fazem com que saiba que aquele miudo que trepava ás arvores, que brincava na areia, que era ingénuo, ainda existe dentro de mim. Porque eu nunca mudei, limei algumas arestas, mas a minha alma é a mesma.
Não vi apenas amigos, vi pessoas ainda mais importantes, pessoas que ainda me marcaram mais. Vi a minha primeira paixão. A primeira rapariga por quem senti algo diferente, foi essa a primeira rapariga de quem precisei para dormir, para sonhar. Agora que a vejo, ainda está mais linda, mais formosa. Ainda gosto dela, não com a mesma intensiade, mas como se gosta de alguém que nunca se vai esquecer, alguém mesmo importante. Tenho pena que ela nunca tenha sabido o quanto gostava dela, ou quanto gosto dela, ou quanto é importante para mim.


O primeiro amor nunca se esquece!


2 comentários:

Joana disse...

Bue fixe ver um rapaz escrever assim :)
um beijo,
joana

Unknown disse...

Bom Valter, o que tenho para dizer, e vou dizer sem me repreender, é que seu texto possui uma boa essência, contudo a finalização -diferente do texto "Metro"(o correto é metrô)- desta produção ficou muito senso comum, muito "Malhação".Eu acredito que você poderia ter definido melhor o amor de infância que te marcou e ainda marca.Meu objetivo aqui não é te humilhar ou rebaixar é que eu acredito que se você escreve algo e publica você deve estar preparado para as críticas e neste caso algumas se fazem necessárias.

Obs: preste atenção na pontuação.Para que não haja críticas apenas de minha parte eu anoto aqui o endereço do meu blog: tosteador.wordpress.com


Ivan Sanches Santos