17 de fevereiro de 2009

Pesadelo



Sempre que tive um pesadelo e acordei aterrorizado a gritar pela minha mãe e pai, sempre me disseram que os pesadelos nunca se concretizam. Sempre vivi sem medo deles, pois acreditava nisso. Mas imaginem que o vosso pior pesadelo se torna realidade? Aconteceu-me
Tudo começou numa alegre tarde de Inverno. Lá estava eu, feliz e apaixonado, totalmente nas nuvens, num paraíso que parecia perfeito. Na minha cara sentia o sol quente e acolhedor com uma pequena brisa que soprava de leve. Nas minhas mãos sentia algo frio e triste, como se estivesse com medo. No meu peito estava o coração aos saltos como se quisesse fugir, mas para onde? E porquê?
Ele já sentia que algo ia acontecer e gritava-me que fosse embora, que não ouvisse, que não valia pena. Pensei nessa alternativa por breves instantes, mas aquele paraíso era tão perfeito, que nada o podia alterar. Estava tão á vontade, como se toda a minha vida fosse passada a seu lado.
Mas todo aquele paraíso perfeito, depressa se desmoronou por cima dos meus ombros. Simples palavras tinham sido capazes de acabar com aquele sonho, aquele paraíso, aquela perfeição. Tão simples palavras, mas que juntas tinham um poder fatal. Tentei impedi-las de entrar, e consegui durante algum tempo, até que a minha alma preferiu saber, preferiu a verdade em vez da perfeição. Todo o meu mundo caiu em cima de mim. Tudo o que em acreditava desapareceu, comecei a duvidar de tudo, até de pessoas de que nunca tinha posto a hipótese de em algum momento duvidar. Naquele momento percebi que tinha perdido a confiança de todos aqueles que amava.
Quando o meu espírito gritava por ajuda ou por algo que o aliviasse. Aconteceu, umas lágrimas puras como dos deuses, caíram dos céus e vieram tocar como por magia no meu coração, isto fez estremecer e acalmar de novo o espírito que já desesperava. Tudo voltou ao normal, o paraíso tinha regressado. Mas por quanto tempo?
Não por muito, voltei a ser atacado por aquela angustia nos sonhos. Sonhos não! Pesadelos dos mais horrorosos que se pode imaginar, faziam-me acreditar que o que mais temia na vida tinha acontecido, que aquele paraíso tinha desaparecido. O pior é que os pesadelos eram realidade, tinha mesmo desaparecido, nunca mais fui capaz de voltar a entrar lá. Perdi a confiança da sua existência, já não confio na sua segurança. Mas quero tanto lá voltar, quero tanto que as coisas voltem a se como eram. Só me pergunto uma coisa:
Quando voltarei a acreditar?

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca deixes de acreditar naquilo que queres acreditar, se isso se faz mais feliz. Mas não te esqueças que não se deve viver só na ilusão e no sonho, para isso deve haver um tempo e um momento.
A realidade mesmo que por vezes desagradável deves enfrentá-la e lutar por viveres nela, por vezes pode ser dura mas também pode trazer surpresas agradáveis e felicidade. mapc