
Aquelas pequenas crianças nunca tinham sonhado como naquelas noites, sonhavam que tudo era possível, mesmo o impossível. O rapaz tinha um enorme desejo de que o príncipe lutasse contra um gigante, enquanto a menina temia que fosse uma bruxa má disfarçada de uma linda rapariga e que o conseguisse roubar da outra princesa que o esperava. Com estes pensamentos nas suas cabeças, o sol foi descendo até desaparecer e dar lugar á lua. A noite estava fria e bela, mas ao pé daquela quente lareira tudo acontecia, este triste mundo desaparecia para dar lugar a um mundo mais feliz, um mundo mágico. O avô, sentindo a ansiedade daquelas duas crianças tão queridas, nem começou por recapitular a história e começou:
Vindo do nada uma força imensa empurra-o para fora da caverna, quando se levanta vê…. Um dragão gigante que continuava de boca aberta a cuspir fogo. Quando procurou nas suas mãos a espada, ela tinha desaparecido. Olhou para trás e viu a espada a uns metros dele perto de uma árvore, tinha só o escudo na mão para se defender do dragão. Sem saber o que fazer decide atirar um monte de areia contra os olhos do dragão, e ganha tempo para chegar á sua espada. Mas em vez de correr na direcção do dragão, que estava temporariamente cego, decide esconder-se entre uns arvoredos e arbustos. Quando o dragão consegue recuperar a visão percebe que o cavaleiro já lá não está e começa a gritar como uma mulher, um grito de raiva e tristeza que ecoava por toda aquela floresta que escureceu e tremeu de medo. E então o inesperado aconteceu, o dragão começou a reduzir de tamanhão, as garras desapareceram, o focinho começava a ganhar feições e o tronco começou a ganhar curvas de uma mulher. O dragão tinha-se transformado numa mulher. Joseph não sabia o que fazer, ficou sem palavras. Nunca imaginou que algo tão belo como uma mulher pudesse tornar-se em algo tão maléfico e diabólico.
As crianças ouviam o velho com mais atenção do que nunca. Queriam saber como seria capaz o príncipe de matar um dragão sabendo que era uma mulher.
As crianças ouviam o velho com mais atenção do que nunca. Queriam saber como seria capaz o príncipe de matar um dragão sabendo que era uma mulher.
Joseph estava tão confuso que teve de fugir. Esperava agora, na caverna em que passara a noite, por um milagre que lhe dissesse o que fazer. E esse milagre apareceu. Ouviu uns passos por entre a densa vegetação que se movimentava com o vento. Pensou ser o dragão e apressou-se em ir buscar a espada e preparar-se para lutar, mas quando procura algo gigante ou belo, encontra um rapaz muito magro e vaidoso na maneira como andava, vinha acompanhado por duas raparigas, uma delas pequena e morena, com o cabelo a esconder uns olhos desconfiados e atentos, a outra também morena com cara de guerreira que participava em todas as guerras. Ele pergunta-lhes quem são e descobre que aquele rapaz que parecia tão fraco era na verdade um cavaleiro chamado Onon, a rapariga mais pequena era uma simples aventureira chamada Isabel, a outra rapariga era filha de um rei que não a deixava combater e por isso tinha fugido com eles, chamava-se Guima.
O príncipe decidiu continuar a sua viagem com eles, passaram por muitas coisas juntos mas nunca mais encontrou o dragão. Durante aqueles dias o príncipe tinha todas as noites o mesmo sonho: começava por surgir dos céus o dragão, depois transformava-se em mulher e por fim começava a chorar dizendo que a culpa era dele. Joseph nunca percebeu aquele sonho.
Todos dias enquanto procurava ramos para a fogueira, sentia-se ser observado por alguém. Quando se virava via aquele olhar que nunca mais tinha esquecido, era ela. Corria atrás dela, corria durante horas, mas quando parava estava de volta ao sítio onde começava. Todos os dias isto acontecia mas ele nunca deixou de correr na esperança de uma dia a apanhar.
Todos dias enquanto procurava ramos para a fogueira, sentia-se ser observado por alguém. Quando se virava via aquele olhar que nunca mais tinha esquecido, era ela. Corria atrás dela, corria durante horas, mas quando parava estava de volta ao sítio onde começava. Todos os dias isto acontecia mas ele nunca deixou de correr na esperança de uma dia a apanhar.
Os dias passaram e tinha chegado o momento de voltar, mas não ia ser assim tão fácil, pois na manhã em que decidem partir ouvem uma mulher gritar e correm todos em auxílio dessa mulher. Quando lá chegaram era o dragão, desta vez mais calmo, mas mesmo assim começou a hipnotiza-los para lutarem contra o Joseph. Enquanto isto acontecia Joseph procurava pelo olhar que todos os dias encontrava e perdia.
O avô interrompe a histórias e aquelas duas pequenas crianças sabem que chegou a hora de ir dormir.

1 comentário:
Nao gosto desta coisa dos capítulos, quere-se sempre ler mais e mais e mais , e nao ha mais historia !
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