3 de junho de 2009

Amor Flamejante (5º episódio)


Aquelas crianças tinham ficado tão contentes por saber que ainda faltavam tantas aventuras de Joseph, que mal conseguiram dormir. No dia seguinte tanto queriam ouvir a história do velho, que foram ter com ele antes do jantar, para que contasse uma antes e outra depois.
O velho não conseguiu dizer que não àqueles sorrisos maravilhosos. E começou:
Passadas duas semanas, Joseph podia finalmente voltar à acção. Estava ansioso para saber as novidades, queria saber como estavam os amigos que conhecera fora do reino. Mas acima de tudo queria encontrar quem o salvara. Com esta vontade, saiu do palácio a correr e foi pergunta ao Ventura se sabia onde estavam os seus amigos. O Ventura logo lhe disse que se encontravam junto à fonte na conversa.
Quando lá chegou não estavam lá os amigos que conhecera fora do reino, mas sim os que conhecera antes. O Ventura tinha percebido mal. Mas já que estava ali, por ali ia ficar. Estavam ali 3 grandes amigos: O Mikel, a Inês e a Ana. O Mikel era um cavaleiro a quem todas as damas se ajoelhavam, sonhando com ele tanto de noite, como de dia. A Inês era uma princesinha, não por ser filha de reis (que não era) mas sim por ser tão simpática e meiga com todos. A Ana era uma morena…. E que morena. Era das raparigas mais linda do reino, tinha um cabelo castanho e rebelde, que contrastava com a sua cara bela e calma. Quando viram Joseph, todos ficaram muito contentes por ele já estar bem. Fizeram-lhe montes de perguntas sobre como aquilo lá era, e como tinha sido atacado, etc. Depois de ter contado tudo, Mikel pediu para falar com ele a sós. E contou-lhe que estava apaixonado por aquela rapariga que tinha vindo com Joseph de outro reino, uma tal de Guima. Joseph contou-lhe que a tinha conhecido lá e que também não a conhecia muito bem.
Durante aquela semana Mikel não tinha pensado em mais nada, sem ser algo relacionada com ela. Queria tanto que ela olhasse para ele, que lhe soltasse um sorriso, que lhe dissesse o que o seu coração desejava ouvir. Ele que tinha tido tantas a seus pés, agora que não tinha a que queria estava desesperado. Joseph dizia que se todos os homens fossem como eles, não seriam homens, mas sim girassóis.
Na semana seguinte Joseph decide ir ver a sua amiga Guima e tentar (sem resultado) por uma cunha para o Mikel. Quando a viu, ela não estava sozinha, estava com uma rapariga loira, um pouco mais baixa que Joseph, que tinha uma maneira de rir que logo o encantou. Mas ela estava de costas, e ele não lhe pode ver a cara. Quando se aproximou e aquela belíssima rapariga se virou, ele rapidamente reconheceu aquele olhar, eram os olhos que o andavam a seguir e que o tinham salvado do horroroso dragão. Muito subtilmente perguntou-lhe se já se conheciam, ela respondeu-lhe que não e disse que se chamava Maria (aquele nome não lhe ia sair nunca mais da cabeça). Respondeu-lhe, dizendo o seu nome e cumprimentando-a com um doce e suave beijo na face, que ela tão meigamente lhe retribuiu. Joseph já se tinha esquecido de Guima, e ficara ali a falar com ela, a conversa foi muito curta, mas parecia que tinhas estado ali milhões de anos. E mesmo quando, o sol desapareceu e a lua surgiu, continuava a lembrar-se como se ainda tivesse lá. Nunca mais se esqueceria daquele momento, a 1ª vez que as suas almas se tocaram.
E assim o avô mandou-os ir jantar. Dizendo que havia mais.

2 comentários:

MaRta disse...

O final está muito romântico "a 1a vez que as suas almas se tocaram" mas acho k devias continuar..
n digo já..mas quando te sentires inspirado..
gostava de saber interpretar melhor este texto. Se for como estou a pensar, estas personagens são baseadas em pessoas reais..gostava de saber quem são.

FilosMadTorres disse...

Cara Marta, a bisbilhotice é a morte da arte. Julguei que tinha aprendido que a melhor forma de usufruirmos da arte é perspectivá-la em abstracto, isto é, desinteressadamente.