O impossível é possível

Existe uma lenda tão antiga como o tempo que conta a história de um amor impossível, que se torna bem possível. Esta lenda dá esperança de que tudo é possível, mesmo o improvável, o difícil, até mesmo o impossível. “A verdade é que era impossível, mas eles não sabiam, chegaram e fizeram”
Existiam duas almas, nenhuma sabia da existência da outra, ele chamava-se Sol, ela era a Lua. Eram tão opostos, o Sol era brilhante e ofuscava todas as outras almas que se deixam de se conseguir ver (a que chama-mos de estrelas), ele aquecia o coração dos outros, gostava de dar nas vistas, e era um caloroso romântico. Enquanto a Lua era humilde, simples, tímida, um pouco fechada, mas fazia os outros (estrelas) brilharem muito mais ao pé dela. Sendo tão opostos, nunca se conseguiram encontrar.
Até que certo dia as suas almas encontraram-se (chama-mos a esse encontro eclipse), começaram por se aproximar devagar, depois deixaram-se envolver por completo, passaram a ser só um, por breves segundos, depois voltaram a ter que se separar.
Nunca mais foram os mesmos, as estrelas serviam de “pombos correio” para irem comunicando entre si. A pergunta que se faz é: Porque nenhum deles ficou com uma estrela com quem se encontrasse todos os dias? Porquê aguentar uma paixão que era impossível? Estas perguntas têm um resposta muito simples: Porque se amavam, e quando se ama alguém tudo vale a pena, mesmo tudo! Podiam só se encontrar de anos a anos, mas quando se encontravam a paixão era tão grande que bastava para os manter vivo por milhões de anos. E assim as suas almas tornaram-se imortais.
Todos os outros que escolheram ficar com uma estrela, por ser mais fácil, viveram sem sofrimento, mas também nunca sentiram uma paixão tão grande como a Lua e o Sol! E assim concluo a lenda, dizendo que pode ser apenas uma metáfora, mas é tão real como tudo o que escrevo e sou.