27 de agosto de 2009

Amor Flamejante (11º episódio)



As duas pequenas crianças começavam a acreditar que aquela tão bela história era real, começavam também a imaginar como poderia ter corrido mal uma noite que parecia tão perfeita. Quando a hora da história chegou, já as crianças estavam junto à quente lareira, o avô sentou-se devagar na sua cadeira. E quando estava prestes a começar, como por magia, começou a nevar. O velho ficou pasmado a observar, depois começou:
A história de Joseph é grande, e não vou ser muito específico a contar como acabou aquela noite, pois nem Joseph sabe bem. A noite parecia correr bem, todas as pessoas pareciam muito felizes, todos o cumprimentavam e perguntavam se podia ficar um pouco ali na conversa, ao que Joseph sempre respondia: “Desculpa, mas estou ocupado.” (Joseph não queria afastar-se de Maria, por nada deste mundo). A verdade é que quando a noite já cansada começava a abrandar, Joseph encontrava-se longe de Maria (não só fisicamente, mas também os seus espíritos estavam longe um do outro). Joseph nem se apercebeu do que tinha acontecido, só sabia que sentia um enorme vazio, como se algo tivesse saído de dentro dele, algo que não voltaria mais. Foi com os olhos apontados para o chão, os braços descaídos e sem motivação para continuar a caminhar naquela direcção, que Joseph voltou para casa.
Durante aquela noite mal dormiu. Mas quando acordou só esperava que aquilo tivesse sido um horrível pesadelo… mas não era. O seguinte dia foi como o acordar de uma ressaca que não passaria nos próximos dias, mas como sempre Joseph saiu de casa ainda o sol não tinha nascido e foi cavalgar. Não queria parar, só queria fugir e pensar que aquilo nunca tinha acontecido. Até que chegou ao seu refúgio, era um local alto, de onde se via uma paisagem tão bela que o esmagava por completo. O céu estava completamente limpo, não havia vento. E Joseph inocentemente deitado na terra, olhava para o céu e perguntava-se: “Porquê?”
Os dias passaram depressa, Joseph fez uns testes exigidos pelos seus tutores, foi de férias, mas no meio de tanta monotonia surgiu uma nova personagem. Era alguém que lhe sorria, que olhava para ele sem lhe ver defeitos, alguém que tão inocentemente gostava dele… o seu nome era Joana. Era uma pequena rapariga que lhe apareceu vinda do nada. Ele já a conhecia, mas nunca imaginara que tivessem algo em comum. Tanto ela como Joseph tinham decidido durante aquela época ir ajudar as pessoas de quem Catarina (irmã de Joseph) tratava. E foi aí que se Joseph percebeu que havia algo mais para ele descobrir, algo mais que uma paixão, algo tão importante…… o sorriso de uma criança. Foi durante esse período que, com Joana, que fez um amigo de sete anos, era uma pequena e sorridente criança, por quem Joseph sentiu grande carinho. E no momento em que a criança, olhando-lhe nos olhos, lhe disse: “És muito simpático, és meu amigo!” Joseph sentiu finalmente aquele grande vazio ser preenchido por aquela tão pequena criança. Joseph, desde aí, deixou de sentir aquela sensação de vazio, triste, desanimado. E nessa noite Joseph dormiu como uma pequena criança que tinha voltado a sonhar, que tinha voltado a acreditar.

2 comentários:

Marta disse...

voluntariado :)

Anónimo disse...

olaaaa

das amigas de estataura alta e caracter baixo:
rafa
mariana
marina

uhuhuuhuhuhuhuhuhuhuhuh